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30 de jan. de 2013

"Verdade: acabei sentindo cada dia igual![...] É mesmo exagero ou vaidade!"



Verdades, tão certas quanto o que me resta: a certeza da certidão da vida que estou levando. Não sei se mereço o título de dono, dono é uma palavra capitalista demais pra mim! Mas, quem sabe, eu não seja, bem lá no fundo, tão frio quanto o sistema que insisto em refutar. Não excluo ninguém, sempre considero todas as vertentes, e penso, essa é a formula de minha verdade irrefutável por mim mesmo e por qualquer outro.

Minha mania de metrificação é um resquício do menino que ficou, aquele garoto exato, mas, criança, plenamente emotivo! Hoje, tudo se inverteu, a exatidão ganhou um ar de humanização e a emoção, um tom negro, duro, seco, neutro, de cálculo de minhas emoções e sensações! Não que o ser emotivo não exista mais, mas tudo se mostra obscuro demais para quem vê só minha superfície.

Afinal, nem eu sei se eu posso chamar a mim de tudo. Porque é igualmente irrefutável a humildade ainda presente em meus traços delimitados por retas humanificadas! Aliás, tudo isso pode ser mera especulação, já que todas essas palavras surgiram do humano, assim como todas as coisas exatas a qual eu me refiro aqui, e, não necessariamente, de um humano sem sentimentos!

21 de jan. de 2013

Parte de "Vênus", mas, para mim, O amor é um móbile



"Não falo do amor romântico,
Aquelas paixões meladas de tristeza e sofrimento.
Relações de dependência e submissão, paixões tristes.
Algumas pessoas confundem isso com amor.
Chamam de amor esse querer escravo,
E pensam que o amor é alguma coisa
Que pode ser definida, explicada, entendida, julgada.
Pensam que o amor já estava pronto, formatado, inteiro,
Antes de ser experimentado.
Mas é exatamente o oposto, para mim, que o amor manifesta.
A virtude do amor é sua capacidade potencial de ser construído, inventado e modificado.
O amor está em movimento eterno, em velocidade infinita.
O amor é um móbile.
Como fotografá-lo?
Como percebê-lo?
Como se deixar sê-lo?
E como impedir que a imagem sedentária e cansada do amor não nos domine?
Minha resposta? O amor é o desconhecido.
Mesmo depois de uma vida inteira de amores,
O amor será sempre o desconhecido,
A força luminosa que ao mesmo tempo cega e nos dá uma nova visão.
A imagem que eu tenho do amor é a de um ser em mutação.
O amor quer ser interferido, quer ser violado,
Quer ser transformado a cada instante.
A vida do amor depende dessa interferência.
A morte do amor é quando, diante do seu labirinto,
Decidimos caminhar pela estrada reta.
Ele nos oferece seus oceanos de mares revoltos e profundos,
E nós preferimos o leito de um rio, com início, meio e fim.
Não, não podemos subestimar o amor e não podemos castrá-lo.
O amor não é orgânico.
Não é meu coração que sente o amor.
É a minha alma que o saboreia.
Não é no meu sangue que ele ferve.
O amor faz sua fogueira dionisíaca no meu espírito.
Sua força se mistura com a minha
E nossas pequenas fagulhas ecoam pelo céu
Como se fossem novas estrelas recém-nascidas.
O amor brilha.
Como uma aurora colorida e misteriosa,
Como um crepúsculo inundado de beleza e despedida,
O amor grita seu silêncio e nos dá sua música.
Nós dançamos sua felicidade em delírio
Porque somos o alimento preferido do amor,
Se estivermos também a devorá-lo.
O amor, eu não conheço.
E é exatamente por isso que o desejo e me jogo do seu abismo,
Me aventurando ao seu encontro.
A vida só existe quando o amor a navega.
Morrer de amor é a substância de que a vida é feita.
Ou melhor, só se vive no amor.
E a língua do amor é a língua que eu falo e escuto"

Paulinho Moska B)

18 de jan. de 2013

"Eu falo de amor a vida, você de medo da morte. Eu falo da força do acaso e, você, de azar ou sorte. Eu ando num labirinto e, você, em linha reta[...]"



Ouvir, arte pra poucos. Afinal, se cultura é um termo tão abrangente, por que não usar arte como tal também?! Tenho gostado de devanear porque com isso eu não preciso me calcular, nem, ao menos, me metrificar. Devanear também pode ser uma arte, a arte do humano pelo humano, do ser pelo ser. Mas e se por um ser eu não quiser ser, e quiser ser por outro? E se esse outro, que claro, é um ser por quem eu quero ser ferir o ser por quem estou sendo?! E pior, e se eu acabar machucando um ser tão vulnerável com minha confusão de ser que não sabe bem o que quer ser!?

Para isso existe o amor,o amor desfaz os nós, e os amantes, por mais que nem saibam o que são em minha confusão, se parecem mais com o love que os termos mais formais: namorado, marido, conjugue, etc. E se, meu amor, eu desejar com todo o meu fôlego, dedicar aos amantes?! Ao amante que eu desejo que seja o amorzinho, que eu tenho certeza que mereceria mais todos meus carinhos?! E, ó, amorzinho, não sejas tão gentil, mas também não seja inacessível. Aliás, seja o que quiser ser, porque eu amo a liberdade. Aquela liberdade libertina que, você(s), conhece(m) muito bem!

Ou, ao menos, melhor que a mim mesmo, que não consigo estar solto. Pois dependo das pessoas, mas você, e só você sabe da importância dessas pessoas serem A pessoa para mim. E, no fundo, bem lá no fundo, você bem sabe que, hoje, essa pessoa é você. Mas, se quer saber(ou será que já sabe?), eu posso só continuar sendo quem eu estou sendo, pois estou certo de que dizer eu te amo todos os dias para aquele que um dia eu imaginei perfeito não será uma mentira. Estou certo de que eu consigo amar aquele corpo. Só espero que seja por tempo limitado!

16 de jan. de 2013

Diamantes que se reencontram



Pedras brutas se desenham em diamantes,
Que, sendo gemas, assim como vários outros,
As vezes se esquece que respira,
Mas não perde nunca a dureza.

E, mesmo sendo pouco resistente a qualquer impacto,
Ele pôs seu rosto em exposição a qualquer várias pessoas,
Inclusive as que nunca valorizaram seu brilho único.
E, com tudo isso o diamante perdeu seu nariz em pé
Para dar lugar a uma fratura ilapidável em sua face mais bela.

A face virou quase pó com uma fratura tão impactante,
Mas, em viagens por seu mundo de sonhos ele encontrou o velho diamante.
Aquele, que encrostado na mesma velha mina que ele, e ao seu lado.
E, pra seu espanto, o diamante, antes tão belo aos olhos de todos, também sofrera fraturas,
Mas por opção própria, por julgar aquela evidente horrível fratura mais bela que sua anterior face bela.
E, enfim, o diamante entendeu o propósito de sua existência:
Achar na mina do incomum, a beleza que pode, inclusive, transbordar seus olhos.



14 de jan. de 2013

"[...]Tanta coisa foi acumulando em nossa vida, e eu fui sentindo falta de um vão pra me esconder[...]"



E, como sempre, nem todas as coisas que nossas certezas traçam para nós, como o destino, são cumpridas. Assim como o destino pode ser violado pelo nosso querer, nossas certezas também, e, hoje, aqui estou eu pra vos contar como ocorreu o ruir de meu querer anterior.

Estava eu a espera dele, que viria naquela usual mobilete, enquanto eu tomava um açaí de 300 ml na praça mais importante da cidade. Minha pretensão era de oferecer um pouco a ele, porém, perante ao atraso, um tanto habitual, eu acabei com o açaí antes da maestral e tão esperada chegada. E, quando eu o pedi para sentar ao meu lado, tudo o que eu havia pensado antes sumiu, pra dar lugar as dúvidas, que ali surgiram, depois de tanto tempo naquele granito. Boca seca, palavras que não saiam, e, ali, eu já não sabia o que eu queria. Ali, foi quando minha certeza desabou...

Mas eu estava ali por um motivo, e, acontecesse o que acontecesse, eu precisava concertar aquilo tudo! E, subitamente, ao me lembrar disso, eu me lembrei da forma que eu queria começar em meus pensamentos anteriores. E comecei, falando daquilo tudo que nós já estávamos cansados de discutir, mas tudo permanecia no mesmo lugar. E tudo foi acontecendo como o esperado, até que eu abri minhas feições a novos ares, abri minha mente para novas idéias, e, ora, só ganhei o silêncio; que surpresa!

Até o silêncio resolver falar um pouco demorou, mas ele foi conciso em suas palavras: Eu não consigo mais pensar, foi o que eu ouvi. E, diante disso, tive que eu propor uma solução pro problema que eu tinha em mãos. A solução foi dar tempo ao silêncio, pra ele resolver falar. E, foi muito menor que o tempo que dei: em poucas horas aqui estava eu recebendo a ligação decisiva para minha decisão de tentar novamente. E deixe que as certezas caiam pelo chão se isso fizer bem ao nosso coração!

Nosso adeus



Não, eu não sou obrigado a conviver com o não aceitável.
Por melhor que ele seja em outros aspectos,
Nada é melhor do que inteligência, respeito e amor de verdade em uma relação.
Coisa que, aqui, eu nunca encontrei!

Agora eu percebo que aquela magia não podia acontecer,
Porque aquela magia era mais do que eu pensei que fosse...
Aquela magia não é bom sexo, ou ótimo beijo.
Aquela magia vem do que se carrega por dentro e do que se exterioriza dela!

Nosso adeus, para mim, será assim:
Repleto das coisas que você disse,
E das que não teve hábito de dizer,
E ambas me machucaram.
Em mim, não sobrará muito para chorar,
Pois tudo o que foi construído e que restou acabou de ser desmoronado pela gota d'água!

Gota suja, vã, triste.
Gota seca, do mar, de erros.
Gota de você, em mim.
Gota de desfrute, que separa!

10 de jan. de 2013

"[...]Ego, ego, ego, ego! Love me, love me, love me, love me![...]"

Qualquer ego é inútil, inclusive o meu, mas, algo em mim grita por ele. Se teu ego for maior que o meu, eu não ligo, estou acostumado a ser menor, e, maior também. Eu nunca gostei desse tipo de vinho, mas gosto quando o cálice cai pra direita, e, você sabe, quanto mais direito melhor! Porque eu só gosto do ego quando ele entra nos padrões de moral e bons costumes, e, eu ser um cálice não se encaixa aí, o que faz de mim uma aberração, um despudor, uma desafinação, desordem, bagunça, babado, gritaria, descabelado, descompassado.

E isso tudo é culpa de um ego, que não me ama, não existe, e não me aflige, apesar do tudo. Tudo que me mastiga todos os dias, e me corta e sangra, mas que eu amo! Amo como a única coisa que me fez suspirar, me fez querer viver pra ele, ou ela, eu já nem sei, mas, de uma coisa eu tenho certeza: cálice aquilo nunca foi, ou, se foi, me escondeu isso muito bem.

Símbolos, algo que nunca me interessou, mas que agora eu uso como um espaço, espaço no céu, espaço geográfico de meu texto, tão surreal quanto eu mesmo, ou mim mesmo, a essa altura tanto faz! E eu não quero saber em qual esquina a minha se esbarrará cim teus símbolos, de agora em diante, multifacetários. Eu diria até que o próprio pronome é multifacetário, pois ego, símbolos, cálices e corações não precisam nem de face, nem de sentido para existir... E, sim, esse é um texto que eu terminarei com reticências e fugirei dos meus impecáveis padrões, justamente porque eu odeio coisas fora do lugar...



7 de jan. de 2013

Suas palavras e aquela magia



Talvez aquela magia tenha sido engolida,
Engolida como eu ando engolindo sapos, e outros bichos também, claro.
Até porque a magia se ausentou por uma ignorância onde a culpa é da carne,
Ó, carne vil, não exista mais, não dessa forma.

A tristeza não traz aquela magia, e o motivo é óbvio:
Um animal sentimental morre quando sua carne, que é coração, é vicejada pela carne,
E, como você gosta de dizer, talvez eu nem sinta mesmo a sua falta.
Apesar de ontem eu ter te dito que estava com saudade.

As palavras que não são as suas, limitadas como o teu silêncio, não parecem te atingir,
E, talvez, aquela magia tenha secado porque você quis,
Porque, pra mim, aquilo tudo ainda existe, sim, "aquilo tudo"!
Talvez a força de minhas vírgulas me façam acreditar mais nas coisas que a simplicidade de seus pontos mal posicionados,
E a diferença, a grande diferença entre o grande e o pequeno, está aí!

Você diz que precisa ser maior que eu,
Mas não vê que maior que eu, se não na carne, você nunca foi, e nunca será!
E sim, eu sou rico, mas não de mesquinharias como dinheiro e carne,
Mas sim de poesia, tristeza e sangue.
Hoje, aquela magia sangrou meu coração.

6 de jan. de 2013

O mau(L) em mim



O ano virou,
E aqui estou eu:
Parado, saudoso,
Triste, buraqueiro(no sentido ruim da coisa)...

O que eu ganho em troca
Por tamanha dedicação?
Uma ausência,
Que me traz mais saudades,
E, claro, mais buraco!

E eu tenho pensado na sua falta,
De maneira ruim.
Porque,
Por que não abrir brechas
Pra concorrência desleal?