Pesquisa:

31 de mar. de 2011

Sobre o soneto.

Um soneto tem 4 estrofes, sendo elas 2 quartetos, e 2 tercetos. Além disso, um soneto tem 10 ou 12 sílabas poéticas em cada verso e estes são rimados. Portanto, a última poesia não foi o soneto.
O soneto de verdade ainda tem 5 versos, que eu não sei se serão modificados.
Me falta coragem de escreve-lo, pois o desejo de perfeição é tanto que me deixa com medo de continua-lo.
Mas continuarei, cedo ou tarde, para provar, da maneira mais estranha que sei ser, que sou devoto da pessoa que será meu soneto.

O questionamento de Jack.

Foi exatamente sobre esse existir que o Jack questionador pensava. Ele só não havia percebido isso ainda.
Jack se pôs a questionar sobre algo que mexia de forma negativa demais com seus sentimentos, e isso o machucou ontem.
Agora além de todos os Jacks que já existiam, existe o Jack chorão, que nunca antes havia existido.
E é assim que Jack percebe que, mesmo se limitando aos seu padrões de conhecimento de si próprio, ele sempre vai descobrir um novo Jack dentro de si.
Jack descobriu também, na noite passada, um Jack que fica muito próximo, ou distante do Jack real.
Apesar de não querer, Jack é ilimitado, como qualquer um. E ele terá que se acostumar com isso.

Sobre o existir

Ela me toca com a vontade que me falta.
É estranho algo se alimentar do que falta a álguem.
Isso é extremamente triste.

A senti dentro de mim
Como algo que me pertencesse,
E eu a queria,
Mesmo vendo toda a sua sujeira,
Pois as vezes se banhar em águas sujas é bom.
Naquele caso ela poderia ser minha única solução,
E ela me tentava para que ela fosse.

A persegui fielmente,
Mesmo com a chuva.
Mas existiu algo mais forte em mim,
Um algo mais parecido com um alguém.
Que apesar de só precisar do meu braço,
Merece toda a minha existência.

23 de mar. de 2011

Sonetista.

Sim, eu sou.
Não tenho conhecimento total de regras, não sou absolutamente correto.
Mas o ato de tentar escrever sonetos mostra entrega.
E isso é tudo o que eu quero dizer com eles: me esforço por você.
Estar em um soneto meu significa que tenho por essa pessoa uma fascinação muito intensa, ou um sentimento muito forte, ou as duas coisas.
E agora pairará sobre essa nota um outro aviso inédito:

Meu próximo soneto falará de uma pessoa que me traz as duas coisas.

E por essa nota é só.

20 de mar. de 2011

Droga.

O problema maior de estar tão focado em uma idéia de post é deixar passar as idéias que surgem para outros posts.
Elas já vieram, já se foram, e eu não salvei nem um título pra elas.
Me odeio às vezes.

Por que Jack?.

O nome Jack surgiu de uma homenagem a alguém que faz muito sentido para mim.
Não sei se ele pode ver o Jack por aqui, mas tenho certeza que ele vê Jack em todas as vezes que jogo War com os exércitos pretos, que eram de Jack.
O Jack é só uma alusão, uma brincadeira que diz com todas as letras que amo o Jack de verdade.

"Eu não existo"

-Eu não existo.
-Por que diz isso menino?
-Porque eu sei o que estou dizendo.
-Como assim?
-Sabe quando você nunca teve tanta certeza na sua vida? Pois então. É isso o que eu quero dizer.
-Mas como você não existe se o seu coração está batendo?
-Coração batendo? É esse o conceito de vida pra você?
-Não. Vida é algo muito maior. Mas todos nós existimos.
-Ninguém existe se sua existência se deposita no lugar onde você não quer estar. É como uma flor que está no concreto. Você acha que ela realmente é capaz de existir?
-Claro que sim, ela está ali!
-Se livre da física fofo, ela só te dá conceitos científicos e superficiais. Eu estou falando de sentir que você existe.
-Como se isso importasse realmente. Eu nunca senti que existo mas tenho certeza que existo!
-Claro que sim, você é superficial ao ponto de basear suas certezas em nada. Existe porque todo mundo sabe que existe. Isso é patético, sabia?
-Acho ainda mais patético alguém ficar procurando ovo no cu de vaca.
-Tão científico, mas tão burro! Será que sua praticidade é tão maior assim que seu cérebro? Galinhas não tem cu. Galinhas tem cloaca. Portanto sua comparação não tem o mínimo sentido. Se você dissesse vagina de vaca eu ainda seria capaz de te respeitar. A vagina é muito mais fecunda e molhada do que qualquer anus, bobinho.

E depois de uma bufada de impaciência do menino questionador eles emudeceram-se como se a discussão fosse acabar por ali, mas um dos dois continuava intrigado. A existência nessa discussão era uma coisa muito maior do que foi dito no diálogo acima. A existência, para quem havia levantado o tópico, é algo que depende de um universo interno que faça sentido; de sentimentos que se completem em um espaço indeterminado, chamado habitualmente de coração. E naquele momento, as coisas de dentro do coração do pensante não faziam muito sentido se colocadas frente a frente. Todas estavam desencontradas, inseguras e incomuns.

-Nada faz muito sentido, sabe? Eu quero sair daqui. Quero construir meu mundo.
-Saia então. Você pode ir pra sala, pro outro quarto, pra cozinha.
-Você me irrita, sabia? Será que não dá pra falar sério?
-Claro que dá: sério... OK, OK, já parei, vamos falar sério então. Como assim não faz sentido?
-É como se aquela lâmpada ali em cima estivesse acesa, mas imagine ela sem base para fazer contato com a rede elétrica. É assim que eu me sinto. Eu estou aceso, mas minha base não existe mais. E o pior, sinto que ela está desorganizada em um lugar que não consigo controlar muito bem.
-Você e as suas metáforas. Sabe que eu prefiria quando eu tinha o controle de nós? Você até lançava esses sentimentos por aí, mas a nossa base era eu. Agora que você está se vendo quase sozinho tendo que nos governar fica aí pirando o cabeção sentimental que você tem.
-Sabe que eu nunca gostei de você no comando? Tudo o que você fazia eu achava pouco demais. Era rude, limitado, exato, preso. Você manteve uma estabilidade, mas eu não senti como se eu vivesse de verdade.
-Ah, bom... Agora você vive de verdade mas não existe. Muito bem, bom governante.
-Quer saber? Discutir com você é um erro. Eu vou seguir meu coração e deixar você falando das suas habilidades sozinho.
-Pois bem, faça isso. Seria perfeito não ter que ouvir você reclamando de novo.

E ali sim a discussão dos dois havia acabado. Não porque eles chegaram a alguma conclusão, mas porque os seres dentro de Jack nunca levarão uma discussão até o fim. Ele carrega em si duas linhas de personalidade, assim como qualquer um, e essas personalidades nunca chegarão a um consenso enquanto elas tiverem que discutir. Jack agora conseguiu perceber isso. Mas eu devo aqui contar algumas coisas do passado até o presente de Jack para que vocês entendam do que eu estou falando.

Era uma vez um menino chamado Jack, que durante muito tempo foi considerado um menino totalmente correto, inteligente e obediente pelas pessoas que o cercavam, que eram basicamente da sua família. Porém, nessa época, Jack era muito diferente do que ele é agora, pois era dominado, sem saber, por uma parte de si que era mais fraca do que o ele pode ser de verdade. Esse Jack era um garoto prático e racional, procurava fazer as coisas para agradar as pessoas, nunca buscou sua própria felicidade, e nunca se vasculhou pra ter certeza de quem ela era. Jack era só uma criança feliz simplesmente por ser, sem pensar no verdadeiro conceito de felicidade. Ele não tinha amigos de verdade, não tinha a mínima percepção emocional e só vivia por viver.

Depois de um tempo esse Jack mudou um pouco. Ele começou a perceber o outro Jack dentro de si, que era extremamente mais forte e complexo do que o último, e assim ele começou a se buscar de alguma forma. Jack tinha 14 anos quando conheceu seus primeiros amigos de verdade, e viu que ele não era tão convencional quanto as pessoas que antes ele brincava de ser amigo. Jack começou a assumir a si mesmo, e a experimentar novas coisas. Era fantástico ser um pouco do Jack que deveria assumir a si mesmo. O Jack que surgia era muito mais sentimental e questionador. Era muito mais Jack do que qualquer outro que ele já tinha sido, mas ainda assim, o antigo Jack ainda existia naquele menino, e assim Jack foi por mais 2 anos e mais um pouco.


Só agora, aos 17, quase 18, Jack se sente como ele deveria ser desde seus primeiros dias. Ele antes era uma mistura do outro Jack racional com o Jack sentimental, porém, só parte dos dois. Agora Jack está pleno de si. O Jack de hoje são os dois Jacks que sou eu que vos conto essa pequena crônica. O primeiro Jack, frio e calculista, morreu, o segundo Jack também, sentimentos em equilíbrio com sua parte fria e calculista também não existem mais. Jack agora é um misto de tudo o que ela pode ser. Jack já passou por situações horríveis e maravilhosas, mas Jack, acima de tudo agora é Jack, com tudo de todos os seres que compõem Jack. Jack agora não é o melhor dos Jacks, mas tenham certeza que o mais verdadeiro.


Entenderam a história dos Jacks que discutiam? Entenderam a história do ser que era dominado por tal parte ou outra? Se sim, agora só falta a vocês entenderem o porquê de Jack achar que não existe, e quem é, nesse texto, o Jack que foi exposto na narrativa.

Primeiro, Jack não existe não porque ele não tem uma base, mas porque ele se fez precisar de uma base. Jack sempre precisou de um passado para existir, e o passado de Jack está cheio de erros, que não o sustentam. Jack está no chão e precisa erguer um lugar bom para ele crescer em si mesmo. Jack nunca se conheceu nos dois anos que achava que se conhecia. Jack nunca se conheceu como alguns presumiam. Jack continuava sendo o Jack que existia não por existir, mas vivia por coisas pequenas, quase que por viver. Hoje Jack percebe que ele não existe por ser muito maior do que ele pensava. Não por precisar de outras coisas. Jack precisa das mesmas coisas, só que em grande escala. Jack hoje está começando a ser Jack de verdade.

Agora vos revelo o último segredo de Jack, o que ele guardou durante esse texto todo, e durante sua vida toda: existem 4 Jacks nesse texto. O Jack questionador, O jack calculista, O Jack que representa o Jack de verdade, e algum outro Jack que se fez omisso durante esse texto inteiro. Conseguem perceber quem é esse Jack? Se sim, parabéns. Esse Jack sou eu, o Jack narrador, o Jack muito mais Jack que todos os outros, o Jack que agora será Jack, verdadeiramente, até o final dos seus dias.


17 de mar. de 2011

Genial!.

Sim queridos interlocutores, é o grito que eu tenho vontade de soltar ao falar do assunto principal do meu blog.(pensem e descubram qual é, mas analisem tudo, desde o título até as cores. Sei que vocês serão capazes.)
Não sei se isso se deve ao meu egocentrismo, ou ao poder que tenho nas mãos quando percebo que sei do que estou falando.
Analizar as situações que ocorrem dentro da coisa que mais conheço é lindo!
E espero que, de uma forma qualquer, seja bom pra vocês também.
Mas um aviso estranho e novo pairará sobre esse post:

O próximo post falará exatamente sobre esse assunto.

E por esta nota é só.

15 de mar. de 2011

Títulos.

PERCEBAM:

Notas tem títulos com pontos finais, pois são só recados rápidos.
Uma forma de me comunicar com quem me lê.

Poesias tem títulos originais e criados por mim, pois quero mostrar a essência que recolhi das minhas influências.
As poesias são muito eu.

As prosas tem títulos retirados de músicas/ textos/ provérbios... coisas que mudaram minha vida e minha personalidade.
São as tais influências que ajudaram a construir o meu eu.

14 de mar. de 2011

"E fica a sensação de saber exatamente porque menti [...]"

Mesmo que fosse difícil de compreender, Francisco continuava a trabalhar naquilo, apesar de todos os lados negativos: o retorno não era bom, lhe trazia riscos de vida, e, como se não bastasse, nem tudo do que havia sido combinado verbalmente constava no contrato assinado pelo peão. A espera pelo décimo terceiro, por exemplo, era inútil, pois não estava no papel do vínculo empregatício estabelecido. Mas ele ainda apostava naquela loteria de morte e sofrimento, na crença cega de que algum dia receberia algo em troca, nem que fosse o mínimo, pois para ele bastava o necessário para se viver.

Aquilo incomodava Jack, chefe do peão de laboratório, pois saber que mentia para alguém tão dedicado e trabalhador pesava a sua consciência. Ele era machucado todos os dias pela imagem que o atormentava desde o primeiro dia de expediente dos novos contratados: o peão chegando feliz e sorridente ao emprego, uma hora antes do laboratório abrir, e prometendo ser o melhor servidor que ele já teve. É claro que o dono da clínica não havia acreditado. Para ele só restava a dúvida descrente a quem muito falava antes de provar qualquer tipo de coisa, ainda mais quando se tratava de Francisco, que não havia se destacado na entrevista de emprego.

Olhando pra trás quem diria que seria dessa forma? Quem diria que depois de duas semanas de trabalho o mero peão teria se tornado o melhor funcionário da clínica e a produção teria sido duplicada?

Foi a partir dali que o peso em cima de Jack, que já existia antes, se tornou realmente um grande fardo a ser carregado. Pois ele viu que não havia bem um motivo que justificasse as mentiras no contrato, e que na verdade o salário do humilde Francisco deveria ser maior que o dele. Mas a situação só piorava com o passar do tempo, pois aconteceram uma série de coisas que deixaram Jack ainda mais desconfortável: o seu funcionário preferido teve uma queda brusca de rendimento e teria que ser demitido, Francisco a cada dia que se passava aumentava a culpa dele sendo dócil e eficiente, ele havia passado pela descorberta de um problema de saúde de gravidade desconhecida. Tudo conspirava para que ele se mergulhasse no fundo de um poço qualquer, pois a vergonha e a sensação de estar fazendo mal a melhor pessoa que já havia conhecido o corroía.

Mas Francisco não permitia que acontecesse essa corrosão. No momento em que Jack mais precisou de um ombro amigo Francisco percebeu e esteve sempre ao lado dele, mantendo o patrão bem. Isso foi incrivelmente determinante para Jack tomar a decisão de trocar de posto com Francisco. E num gesto de gratidão Jack deu a Francisco seu salário, seu respeito em meio aos peões, se submeteu a situações constrangedoras e pegou algumas mentiras para as pessoas que o cercavam.

Pobre Jack! Sua ingenuidade se fez valer mais uma vez. Pois Francisco, assim que assumiu esse posto, se fez covarde e indeciso, e apesar de ser sempre um ombro amigo, fez Jack se submeter a coisas que ele não gostaria de ter passado no laboratório. Jack se afastou de todos os peões de bom agrado para se dar exclusivamente a Francisco, procurava todos os meios de não desagrada-lo, tentava ao máximo demonstrar seu apreço pelo ex-peão. Mas infelizmente isso não era retribuído da mesma maneira. Até porque, Francisco não havia se comprometido com nada disso. Jack fez tudo porque ele queria fazer. Na verdade ele não foi obrigado a fazer nada, tudo o que ele fez por Francisco foi pela gratidão e pelo sentimento que o apoio de Francisco havia criado.

Agora a Jack só restava um emprego inferior, um sentimento não correspondido, uma insegurança quanto a seu futuro e uma profunda tristeza por ter sido tão ingênuo mais uma vez. Jack espera demais das pessoas que ama, ainda mais quando acha que isso é recíproco, e por isso se doa extremamente a mínima coisa que apareça. Mas Jack se esquece que nem todos tem o mesmo jeito de pensar e agir.

Agora Jack se arrepende de ter mentido, mas Jack entende que ele, de certa forma, previa toda essa situação. A descrença apresentada por ele no início foi a mesma descrença que Francisco teve quanto as tentativas do ex-chefe de demonstrar gratidão. No final, as mentiras de Jack foram válidas, apesar da dor que o causam e causaram, pois mesmo não existindo um contrato declarado, no fim Francisco também não havia cumprido suas "obrigações". A profecia da mesma moeda foi cumprida, e assim só falta a Jack acertar sua vida dentro do cargo que ele mesmo se deu, mesmo com todos os riscos...

13 de mar. de 2011

Parnasiano.

Construo muros aqui, cada vez maiores. Por isso tanta dificuldade em pula-los.
Quando falei da tarefa de manter o blog no início, era sobre esses muros que eu falava.
Sustente seu próprio desafio, é assim que se cresce...
Ou melhor: se compreende a si mesmo.
Crescer é um termo tão subjetivo.

11 de mar. de 2011

Estado de querer

Sinto-me ensopado
Por pedras de água congelada
Que não se movem
Só se afundam no meu coração

Pulso, pulo, o punho
Na esperança de extraí-las
Ou de absorve-las
Mas elas continuam ali
Gélidas, molhadas e imersas
Incrivelmente intensas
Algo que nunca imaginei
Nem se quer desejei
Mas sento, e sinto
Calo, e recebo
Penso, e repudio

E vou continuando...
Desejo, almejo, prevejo
Mesmo na contrariedade
Coração recebe
Alma toca
Desejo grita
Mas mente nega
Boca esconde...

Falta-me maldade
Fata-te força
E continuamos nos faltando
Nos querendo

Somos água congelada
Que ensopa de querer
E demora pra derreter

4 de mar. de 2011

Estou trabalhando.

Escrevo novas postagens e as deixo pela metade.
Agora inspiração existe, de sobra, mas insegurança também.
Agora só me resta ter paciência, e ser paciente comigo mesmo não é uma tarefa fácil de ser cumprida.