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11 de dez. de 2012

E, na noite...



Gosto que me mordam,
Mas odeio que me machuquem.
Porque sou de voracidade,
Não de canibalismo.

Quero um toque lento, forte e quente,
Que chega sem alarde.
Porque me lembra a cor da minha vida,
Que, sem alardes,consegue me marcar.

Espero, também, sempre, um carinho em minha dorsal meso atlântica,
Porque, nela, as coisas sempre se renovam.
Já que é dela que saem meus singelos movimentos,
Da noite ou do dia...

Penso em tudo com uma entrega absurda,
E com uma sintonia maior ainda.
Porque, é, dessa forma, que 2 corpos provam,
Inquestionavelmente, que podem ocupar, sim, o mesmo espaço.

Desejo, em meus sonhos, ou em minha carne,
Penetrações calmas, que, inicialmente, não precisam de ritmo intenso,
Para serem boas.
Pois a maior burrice do homem é tentar misturar dor com prazer...

Preciso de uma boca ávida por meus lábios(não que isso seja difícil),
Porque, só assim, consigo me sentir bem.
É quando o fogo se acende,
Mas com apenas água.

Vejo, então, que não preciso de grandezas
Para me sentir preenchido.
Muito menos de quantidade,
Pois, desde que o mundo é mundo e eu estou nele, sempre preferi, prefiro e preferirei a qualidade.

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