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17 de abr. de 2013

Non_sense



Me arrepio de inspiração,
Confusão,
Indecisão,
Perseguição.

De mim a mim mesmo,
Como uma sombra que me segue a esmo.
A palavra a me dizer coisas sem sentido,
Minha mente a vagar, no improviso.

Venha a mim, passarinho.
Assobie em meu ouvidinho.
Cale o que em mim está grandinho.
Venha até mim, amorzinho.

Pois com você eu ganho palavras,
ganho inchadas.
Por você eu consigo penar na labuta,
A você, eu quero o melhor, a batata da batuta.

Quero da sua mão fazer meus pés,
E do meu céu, fazer seus véis.
Nesse non sense eu marco o que em mim é presente,
E, pra você, quero dar o que te é ausente.

Amor, palavra linda, minha, sua,
Diria que do mundo, que nesse momento está nua.
Que o erro de concordância se explica por ele ser uma geóide,
Mas nada garante que a minha terra seja mesmo um ovóide.

Amor, que aqui falei de forma indefinida.
Pois quero te fazer se perder na nossa cama de gato, destruída.
Caia na perdição de, de mim nunca mais sair,
Que, quem sabe, assim eu nunca mais precise cair.

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