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14 de jun. de 2013

" [...] Sou mais um a vagar solitário buscando a mim mesmo em você [...] "



Porque, muito talvez, essa é a maior verdade de minha vida. Ou ao menos agora, com certeza essa é a maior verdade que me diz respeito e que me toca. Como diria/cantaria Cássia Éller na minha situação: eu sou um poeta e desaprendi a amar. Porque agora eu busco, pateticamente, nas minhas referências poéticas versos que me inspirem, e isso não pode ser amor. Como ser humano eu erro, minto, sou inconstante, e traio. Mas eu ainda me lembro da sensação de ser divinizado pelo amor e, ah, olhe para mim hoje: uma entrega total com prazo de validade, um querer eterno por qualquer um que me ofereça qualquer migalha parecida com o que já amei, um perdido vagante em busca do que não existe e talvez nunca tenha existido.

Minhas faces são únicas, mas não deixam de ser múltiplas. Eu só escrevo sobre mim e ainda assim me chamo de Socialista. Quero o melhor pro mundo, mas desconheço o que será melhor pra mim. Por hoje, e só por hoje(ou não), gostaria de escrever, e escrevo, frases soltas, um texto feio, sem flores de plástico para me tornar bonito(deixe isso para minha sala). Esse amor, hoje, talvez tenha ido para nunca mais voltar. E eu, frio como um processo de desamor me ensinou a ser, não estou nem perto de chorar.

Espero que um dia alguém possa me dizer que meus pecados(que eu nem sei se existem) sejam perdoados, mas, hoje, minha maior vontade é de mergulhar novamente no vazio da luxúria, porque é isso que eu mereço. Desistir de tudo a essa altura do campeonato faz sentido em meu plano de vida de morrer pelo viagra. Eu sou pouco demais pra mim mesmo, apesar de toda a minha amplitude, por isso devo prosseguir buscando minha vida de ouro perdida em meio a todo meu esgoto construído em pouco tempo se considerarmos o tempo de uma vida. Hoje meu amor não me ligou. Hoje eu quero esquecer quem sou para achar um outro eu menos meu umbigo
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