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11 de mar. de 2011

Estado de querer

Sinto-me ensopado
Por pedras de água congelada
Que não se movem
Só se afundam no meu coração

Pulso, pulo, o punho
Na esperança de extraí-las
Ou de absorve-las
Mas elas continuam ali
Gélidas, molhadas e imersas
Incrivelmente intensas
Algo que nunca imaginei
Nem se quer desejei
Mas sento, e sinto
Calo, e recebo
Penso, e repudio

E vou continuando...
Desejo, almejo, prevejo
Mesmo na contrariedade
Coração recebe
Alma toca
Desejo grita
Mas mente nega
Boca esconde...

Falta-me maldade
Fata-te força
E continuamos nos faltando
Nos querendo

Somos água congelada
Que ensopa de querer
E demora pra derreter

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